Os benefícios da cerveja para a sua saúde

Ainda que visto com algum ceticismo, o consumo de cerveja é benéfico para a saúde, desde que moderado.

É uma bebida fermentada através de um processo natural que é rica em diferentes vitaminas, minerais e composto antioxidantes. A sua composição é muito simples com, apenas, quatro ingredientes: água, malte de cevada - ou de qualquer outro cereal -, lúpulo e levedura.

Numa altura em que nos preocupamos cada vez mais com o que ingerimos, sobretudo no que respeita à sua qualidade e proveniência, a cerveja é uma boa resposta a essas necessidades. A fermentação natural entre os seus ingredientes, sem adição de qualquer composto químico, artificial ou preservante oficial, coloca-a num patamar que muitos procuram.

O seu alto teor de água (entre 90 a 95%) e menor teor de álcool, a cerveja é uma bebida de aporte ligeiro tendo em média cerca de 5% de álcool. Caloricamente possui 82 Kcal/200ml – o que prova que o mito de barriga de cerveja é errado. Aliás, aliada a uma alimentação saudável e exercício físico, a cerveja pode fazer parte do cardápio, sem qualquer prejuízo para a silhueta. Claro está, quando bebida com moderação.

Está cientificamente provado que o consumo moderado de bebidas com baixo teor alcoólico é benéfico para a prevenção de doenças cardiovasculares - que, infelizmente, ainda vão sendo das primeiras causas de morte entre os portugueses.

E, para sublinhar ainda mais vantagens, o aumento dos valores de HDL (bom colesterol), redução do processo é algo que podemos encontrar no consumo moderado de cerveja.

A presença de antioxidantes na bebida, os chamados polifenóis, que provêm não só do malte, como do lúpulo têm sido comprovados como eficazes por estudos no aumento da sensibilidade à insulina, podendo ser útil para os diabéticos Tipo 2, melhorando os seus perfis glicémicos. Além disso, um dos minerais mais importantes na cerveja é o silício. Este oligoelemento desempenha um papel importantíssimo na densidade mineral óssea, como na prevenção de fracturas e manutenção de colagénio, encontrando-se abundantemente no seu malte. A ingestão deste mineral traz benefícios acrescidos às mulheres pós-menopausa, onde habitualmente surge a osteoporose. Mais uma vez a palavra de ordem é a moderação, uma vez que o consumo excessivo de álcool pode acabar por contrariar os benefícios acima referidos.

Para os praticantes de exercício físico, convém sublinhar que as vitaminas do complexo B, sódio, magnésio e um alto teor em água faz desta bebida, na sua versão sem álcool, uma excelente aliada na vitalidade e hidratação. Sobretudo porque as vitaminas do complexo B são, por excelência, vitais para a contração muscular; o sódio e o magnésio como eletrólitos - sais minerais - importantes para a manutenção do normal funcionamento das células, nervos e músculos; e a água como re-hidratante.

Há vários estudos que mostram a eficácia do seu consumo antes (devido à presença de hidratos de carbono assegurando as reservas de glicogénio muscular), durante (prevenção da fadiga) e no final (como recuperador e preventivo dos processos inflamatórios recorrentes da prática do exercício físico de maior intensidade).

Quanto às quantidades diárias de consumo responsável, os homens podem consumir cerca de 400ml e as mulheres 200ml. A moderação no seu consumo é a chave do sucesso na nossa saúde, não se esqueça a diferença entre o antídoto e o veneno é a dose.

Visão Saúde